domingo, 18 de abril de 2010

...

"Eu gosto do seu corpo.
Eu gosto do que ele faz.
Eu gosto de como ele faz.
Eu gosto de sentir as formas do seu corpo, dos seus ossos
e de sentir o tremor firme e doce de quando lhe beijo.
E volto a beijar.
E volto a beijar.
E volto a beijar."

E.E. Cummings

sábado, 6 de fevereiro de 2010

=)

Tenho sede do difícil. O fácil me entedia. Talvez pelo simples fato de ser fácil. Gosto do díficil por gostar mais do ato de conquistar do que da conquista propriamente dita. Me fascino pelo incerto, pelo novo, pelo original. FATO.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

[...]

Pensando bem, o melhor da vida não é saber. É o não saber. Só assim você poderá se surpreender com as coisas boas que lhe acontecer, e se decepcionar com as ruins... Viver é isso. É experimentar. É se dar ao prazer de correr riscos e ser bem sucedido. Ou não. Talvez se soubéssemos o que nos vai acontecer, não viveríamos, não aprenderíamos, não nos relacionaríamos com ninguém. Bom mesmo é viver o momento sem nos preocupar com o futuro! Poder prestar vestibular sem ter a certeza de que iremos nos formar, poder viver um amor intensamente mesmo sem a certeza de que seja a pessoa certa, poder acordar todos os dias e nos esbaldar com a diversidade de palavras e frases especiais que ainda não proferimos a quem amamos. Perceber que na nossa frente há um caderno. Um caderno cheio de folhas escritas. Mas também há folhas brancas. Não conseguimos ver a quantidade de folhas brancas ainda disponíveis, mas podemos escrever o que quisermos. Escrever o mais lindo dos poemas ou a mais triste e comovente história. É muito bom saber que o hoje pode ser a página mais bonita do nosso caderno. E saber que se a página de hoje não está legal, cabe só a nós passar um lápis de cor, ou até mesmo trocar o conto. É... É muito bom poder viver! E melhor ainda é saber viver.

A carta .

Há mais ou menos um mês, me deparei com uma incumbência que considero ser uma das tarefas mais difíceis a se cumprir nesse momento da minha vida. Recebi o encargo de fazer um texto relatando o modo como me imagino daqui a 10 anos. Aparentemente fácil. Um pouco de desenvoltura com as palavras mais uma boa bagagem de sonhos e a tarefa estaria praticamente cumprida. Foi o que pensei. Mas não; é muito mais complexo que isso. Comecei a escrever o rascunho, descrevendo todos os meus sonhos e expectativas, mas não me enxergava naquelas palavras. O que havia escrito era tudo o que eu mais queria pra mim, disso eu não tinha dúvidas. Mas ao mesmo tempo não se fazia coerente. Me imaginava formado. Em contrapartida, não passei no vestibular e nem estou fazendo por onde. Me imaginava independente. Por outro lado, dependo de mesada até hoje. Me imaginava saudável, mas não tenho zelado pela minha saúde. Isso fez com que eu tivesse a iniciativa de mudar um pouco a proposta inicial.
Decidi então traçar um paralelo entre como gostaria de estar em 10 anos e o que pretendia fazer para conquistar meus objetivos. Decidi começar pelo lado profissional, acho mais fácil. Meu sonho profissional é me tornar um publicitário. Aliás, um publicitário não. O Publicitário! Mais especificamente, desejo atuar na área de criação. Desejo me realizar na profissão e ser reconhecido pelos meus esforços. Desejo também ter estabilidade financeira ganhando o suficiente para satisfazer todas as minhas necessidades essenciais e um pouco das supérfluas. Para isso, pretendo conquistar uma vaga em um estágio e estudar no tempo disponível durante o 1º semestre. No 2º semestre, pretendo prestar vestibular na PUC e logo em seguida na Federal, mais no fim do ano.
Quanto à minha vida pessoal, aos 27 anos pretendo ter uma relação estável com uma pessoa que me complete, me entenda e me satisfaça em todos os sentidos. Para isso, pretendo conviver com pessoas nas quais eu me identifique mais e que dêem aos sentimentos a mesma importância que eu. Procurarei ser menos flexível e até mesmo menos influenciável do que eu sou atualmente.
Pretendo também estar saudável e gozando do que a vida tem de melhor. Para isso, beberei menos do que eu bebo, fumarei menos, praticarei exercícios físicos e voltarei com a dieta na minha rotina. Freqüentarei ambientes mais saudáveis e selecionarei mais as pessoas com as quais eu convivo.
Pretendo ter e manter um relacionamento melhor com meus familiares e estar sempre com meus amigos por perto. Atualmente, pretendo ser mais cauteloso no modo como trato meus familiares, sendo mais paciente para com a ignorância alheia. Quero também ser mais pontual com os meus compromissos. Pretendo buscar cada vez mais a minha identidade, ao lado das pessoas que me são importantes e me fazem sentir importante.
Desse modo, cumpro minha tarefa de uma forma muito mais consciente. Quando agimos de forma consciente, as possibilidades de alcançarmos nossos objetivos são muito maiores. Nossos sonhos tornam-se mais plausíveis. Espero chegar aos 27 anos, reler esse texto e poder me emocionar por já ter realizado todas as minhas metas ou pelo menos, a maior parte delas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Relutância.

Hoje ao acordar, preparei meu café e sintonizei a rádio como de costume. Demorei uns cinco minutos até encontrar uma rádio descente. Escutei umas duas ou três músicas enquanto comia. Acabando a música do Coldplay, começou a tocar um sertanejo. Quando fui trocar a rádio como fazia habitualmente, percebi algo de diferente. Algo que por algum motivo, fez despertar minha curiosidade por aquela música. Decidi então escutá-la. Não me lembro da letra com exatidão e nem reconheci a voz da cantora, mas os trechos mais marcantes da música são mais ou menos assim: “Não peguei seu endereço nem seu telefone. No MSN você não apareceu. Aquele beijo roubado que você me deu, mil vezes mais forte o meu coração bateu. Preciso te encontrar, preciso te encontrar”. Aquela música me fez lembrar uma pessoa. E para minha surpresa, aquela letra soava em meus ouvidos com a magnitude de um poema shakespeariano. A letra em sintonia com uma melodia... Ah, pouco me importava a melodia! O que me deixava intrigado era a pessoa em quem eu pensava. Uma pessoa que eu jamais imaginaria lembrar naquele momento. Na verdade, nem a conheço direito. Isso tudo não me era nem um pouco confortável. Não me acostumava à idéia de sentir o que eu senti. Muito menos logo pela manhã! Sentia um frio na barriga, uma vontade repentina de estar perto, de ter notícias. Fiquei assustado. Que medo de mim mesmo! Só posso estar sonhando! – refletia enquanto lavava a louça que havia sujado -. Me apaixonar era o que eu menos quero e preciso nesse momento da minha vida. A única vantagem seria os meus posts que teria uma melhora considerável! Mas definitivamente, eu estava tendo um dia muito estranho. Tentava me concentrar em outras coisas, mas era como se a música repercutisse o tempo todo na minha cabeça: “Preciso te encontrar, preciso te encontrar, preciso te encontrar”... Ao longo do dia concluí minhas atividades rotineiras, mas me peguei pelo menos umas quatro vezes pensando e cantarolando a tal música e, consequentemente, pensando na tal pessoa. Mais tarde fui à academia como de costume, mas dessa vez com uma expectativa a mais. Minha excitação era maior que a minha vontade de malhar. A música parecia ir aumentando de intensidade na minha cabeça: “Preciso te encontrar, preciso te encontrar, preciso te encontrar”. Já estava me deixando paranóico. Normalmente eu sentiria medo. Medo de me apaixonar. Mas dessa vez não. Foi diferente. Não tinha receio, não tinha vergonha. A única coisa que eu conseguia sentir era uma vontade pertubante de ouvir a voz, sentir o cheiro, ver o sorriso. Ao mesmo tempo em que procurava isolar meu pensamento, as lembranças invadiam minha mente como flashes que pouco a pouco se culminavam no mesmo ponto: um gosto de ‘quero mais’ que parecia não ter fim. Bom, são exatamente 3 horas da manhã do dia seguinte e ainda estou coma tal música na minha cabeça. E a tal pessoa também. E por incrível que pareça, nesse exato momento a música acaba de tocar novamente na rádio. Vou tentar dormir agora. Só espero que essa música não tenha tocado em vão, que meu desejo não tenha sido em vão e que mais uma vez, eu não esteja relutando em vão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por Você...

Por Você que eu desconheço,
Mudaria minha rotina, mudaria minhas ações.
Apostaria no impossível, me entregaria ao incerto.
Por Você,
Diria o SIM mais verdadeiro que um dia poderia imaginar,
Desejaria todos os dias ouvir a mesma voz ao acordar.
Perderia o fôlego a cada beijo. Em todos eles.
Por Você,
Viveria em somente um dos extremos e conheceria o ápice da fidelidade.
Teria orgasmos e mais orgasmos de amor.
Desfrutaria do gozo mais intenso que um dia poderia imaginar sentir.
Por Você,
Eu mudaria o mundo; seria o seu mundo.
Pintaria a Terra de rosa e ressuscitaria o Papai Noel.
Entregaria-me por inteiro, atingiria a perfeição.
Por Você, só por Você.
Por Você que eu desconheço...

Cadê Você, PORRA ?!

[re] COMEÇO...

Estive pensando no tem a do texto com o qual iniciaria o meu blog. Vieram-me à cabeça algumas opções... Poderia falar sobre mim ou sobre o modo como vejo a vida. Ou talvez sobre minhas angústias, meus medos, minhas incertezas, minhas expectativas, ou até mesmo sobre meus relacionamentos frustrados. Logo de cara desconsiderei todas aquelas opções. Não sabia ao certo o que me inspirava a escrever naquela noite. Achava ousado demais escrever de mim ou de minhas convicções e pouco prudente escrever sobre minhas angústias, medos, incertezas e expectativas. Então, sobre o que escreveria? Sobre meus relacionamentos frustrados? Não; previsível demais. Afinal, esse é o tema preferido da maioria. Mas por que não ser ousado, por que não ser imprudente, por que não ser previsível se o que eu queria mesmo era escrever? A única coisa pela qual eu realmente prezava naquele momento era a originalidade. Queria inovar, queria ser eu mesmo, queria a minha identidade naquelas folhas. Então, decidi começar. Comecei a escrever sobre o que eu estava sentindo naquele momento. E o que eu sentia, era sede. Sede de mudança. Analisava minha vida e constatava a bela porcaria em que eu estava me tornando. Foi como se por um momento, eu pudesse resgatar um pouco de mim mesmo. Era como se eu analisasse de fora. Não acreditava ser eu. E ao mesmo tempo, eu nunca havia sido tão eu. Parecia estar em estado de transe. Percebia coisas, antes imperceptíveis. Via a fragilidade da linha que separava o querer, do fazer. Via que minha mente não estava em sintonia com o meu corpo. Minha mente caminhava em uma direção, e meu corpo na direção oposta. Achava resposta para as perguntas mais pertinentes. Via que a possibilidade de eu funcionar naquelas condições era quase nula. Precisava fazer alguma coisa, mas não sabia o que. Então resolvi me desafiar, estabelecer metas, rever conceitos e preconceitos. Iniciar uma etapa de transição na minha vida. Por conseguinte, pensei na fase em que eu estava vivendo, ou começaria a viver. Percebi um recomeço. Eu tinha a oportunidade de recomeçar. Percebi o quão valioso era tudo aquilo. Por isso hoje, começo muitas coisas em minha vida. Começo uma vida mais consciente, com novas convicções, novas opções, novos sonhos, novos objetivos, novas estratégias, e principalmente, começo meu novo blog: [re] COMEÇO.